LG: suas linhas de smartphones deixam mercado mundial

A LG anunciou nesta segunda-feira, sua saída do mercado global de smartphones. A empresa cita que o motivo é o fato de que, a operação era deficitária, amargando um prejuízo num total acumulado de 4,1 bilhões de dólares (US) até o final de 2020.

Ainda não está claro como afetará os usuários da marca no Brasil. Com certeza a empresa continuará a oferecer suporte e assistência técnica aos aparelhos por um tempo, que é exigido por lei, mas o tempo ainda foi informado pela empresa.

As atualizações de software dos aparelhos, a empresa afirmou que irá “fornecer suporte técnico e atualizações para produtos já existentes, e o período de tempo irá variar de região para região”.

Segundo o site Gizchina, a empresa vai continuar com seu cronograma de atualização para o Android 11, anunciado no mês passado, e aparelhos para o Android 12, desde que não haja “grandes problemas” no processo.

Em janeiro, na Coreia do Sul, a LG atualizou o Velvet 5G para o Android 11, e nos EUA os V60 vendidos pela Verizon receberam a atualização em fevereiro. Um cronograma publicado pela subsidiária alemã da empresa no início de março previa a atualização de mais seis modelos:

• Velvet 5G (versão global), “até abril de 2021”

• G8X no “segundo trimestre” de 2021

• Velvet 4G e G8S no “terceiro trimestre” de 2021

• Wing, K42 e K52 no “quarto trimestre” de 2021

O audacioso Wing, (foto) com duas telas, foi o mais recente lançamento da LG no exterior. Imagem: LG/Divulgação

Note que quase todos os aparelhos na lista são modelos top de linha recentes. O mais antigo é o G8S, que em julho de 2019, chegou por aqui custando R$ 4.300 na época. É razoável esperar que aparelhos de entrada e intermediários, especialmente os mais antigos, não sejam atualizados.

Muitas vezes uma atualização de software disponível em uma região (ex: Alemanha) pode não estar disponível aos usuários em outra (ex: Brasil). Modelos de diferentes regiões podem ter diferenças no sistema responsável pela comunicação com redes de telefonia (coletivamente chamado de “radio”), o que exigiria um novo processo de certificação junto a autoridades locais. E dependendo do custo deste processo e do número de aparelhos vendidos em uma região, esse esforço pode não fazer sentido financeiramente.

Via: Gizchina